quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Campo de atuação da Psicopedagogia

Autora: Ana Michelle da R. C. Moura
Atendedo a necessidade da amiga Ana Maria do RJ, estou postando esse artigo, se você quer se aprofundar nesse tema uma ótima leitura é o livro:A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática da autora Nadia bossa.
O campo de atuação da Psicopedagogia é bem diversificado, o trabalho pode ser clínico (clinica) ou institucional (escola, empresas, hospitais).
A Psicopedagogia na instituição escolar analisa o processo de aprendizagem incluindo questões metodológicas, relacionais e socioculturais, englobando o ponto de vista de quem ensina e de quem aprende, envolvendo a participação da família e da sociedade. Trabalha com a formação de professores numa ação preventiva e procura encontrar novas formas de tornar essa formação mais eficiente. Visa colaborar com a instituição familiar, escolar, educativa em geral ou de saúde afim de que possam cumprir seu papel transmissor e construtor do conhecimento. Busca identificar os obstáculos de desenvolvimento do processo de aprendizagem por meio de técnicas específicas de análise institucional e pedagógica se propondo a estar atenta às inúmeras possibilidades de construção do conhecimento e valorizar o imenso universo de informações circundantes.

A Psicopedagogia Institucional Empresarial amplia as formas de treinamento, resgatando a visão do todas as múltiplas inteligências, trabalhando a criatividade e os diferentes caminhos para buscar saídas, desenvolvendo o imaginário, a função humanística e dos sentimentos na empresa, ao construir projetos e dialogar sobre eles.
A psicopedagogia institucional Hospitalar possibilita a aprendizagem, o lúdico e as oficinas psicopedagógicas com os internos, evitando o afastamento total da aprendizagem de pessoas que estão impossibilitadas do convívio escolar por período longo de tempo.
A Psicopedagogia clínica se refere à ação de um sujeito que trata outro sujeito, em uma relação na qual um procura conhecer o que impede o outro de aprender. Por isso implica uma temática muito complexa, esse saber exige do psicopedagogo a busca constante por muitas teorias que fundamentem a sua práxi. É importante que saiba de que modo se dá a aprendizagem, as influências afetivas e as representações inconscientes que o acompanham.
A prática clínica ocorre em um consultório com atendimento individual, grupal ou familiar ou instituições educativas e sanitárias. Segundo Bossa, 2007 p.27:
"No trabalho clínico, conceber o sujeito que aprende como um sujeito epistêmico-epistemofílico implica procedimentos diagnósticos e terapêuticos que considerem tal concepção. Por exemplo, no processo diagnóstico interessa-nos saber como e o que o sujeito pode aprender, e perceber o interjogo entre desejo de conhecer e o de ignorar. Para isso, é necessária uma leitura clínica na qual, por meio da escuta psicopedagógica, se possa decifrar os processos que dão sentido ao observado e norteiam a intervenção".

Para que se possa perceber esse interjogo, ter essa escuta diferenciada para assumir realmente uma atitude clínica é imprescindível que o psicopedagogo recorra a um conjunto de conhecimentos sobre “o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo” (BOSSA, 2007, p.27).
REFERÊCIA:
BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática.3ed. Porto Alegre:artmed,2007.

Trabalhos manuais

Estou postando uma apostila com 35 idéias de trabalhos manuais que você pode trabalhar com as crianças. Para baixar clique na frase a baixo das imagens e mãos a obra!!!


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Alfabeto de Encaixe

Para utilizar esse alfabeto basta:
  1. Imprimir em folha A4 mais grossa,
  2. Cortar as letras com estilete de forma que a criança encaixe a letra no lugar adequado.




segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Jogo da Memória

Alfabeto com a turma do Smilingüigo

Achei esse lino alfabeto com a turma do Smiligüido. Quer ele completo Clique aqui

Brincadeiras para volta as aulas

Onça Dorminhoca - Faixa etária: Educação infantil



Formar com o alunos uma grande roda. Cada criança fica dentro de um pequeno círculo desenhado sob os pés , exceto uma que ficará no centro da roda, deitada de olho fechado . Ela é a Onça dorminhoca.

Desenvolvimento: Todos os jogadores andam a vontade, saindo de seus lugares , exceto a onça dorminhoca que continua dormindo. Eles deverão desafiar a onça gritando: "Onça dorminhoca"! Inesperadamente, a onça acorda e corre para pegar um dos lugares assinalados no chão. Todas as outras crianças procuram fazer o mesmo. Quem ficar sem lugar será a nova Onça dorminhoca. Sugestão: O professor poderá proporcionar um e sudo sobre a onça, de acordo com o interesse das crianças : Quem já viu uma onça? Aonde? Quando? Como ela é? Como vive? O que come? Quem quer imitá-la? Confeccionar uma máscara de cartolina ou papelão para aquele que fará o papel da onça. Partindo deste estudo, a criança, quando for desenvolver a atividade, criará um personagem seu relativo à brincadeira.


Corrida do Elefante - Faixa etária: Educação infantil


As crianças andam à vontade pelo pátio. Uma delas separada, utiliza um braço segurando com a mão a ponta do nariz e o outro braço passando pelo espaço vazio formado pelo braço. (Imitando uma tromba de elefante).

Desenvolvimento: Ao sinal, o pegador sai a pegar os demais usando somente o braço que está livre ( O outro continua segurando o nariz ). Quem for tocado transforma-se também em elefante, logo, em pegador, adotando a mesma posição. Será vencedor o último a ser preso. Sugestão: A crianças , durante a brincadeira podem caminhar como um elefante.


Gangorra - Faixa etária: 4 a 6 anos


Dois jogadores sentam-se, um de frente para o outro, e apoiam as plantas dos pés . Eles devem segurar um bastão com as duas mãos . Ao soar o sinal, eles devem puxar o bastão cada um para seu lado tentando tirar o amigo do chão. Aquele que conseguir levantar o amigo ganha. Troque os pares e comece de novo. Faça com que as crianças sintam o peso do amigo que está na frente, observem a força que têm que fazer para levanta-lo, o músculo que se movem para que isso aconteça. Se você tiver um bastão grande, coloque três crianças de cada lado, o grupo que conseguir levantar o outro, ganha.


Quem é o fantasminha? Faixa etária: Educação Infantil


Dividir a turma em duas equipes . Uma deverá sair do local. Dado o sinal, a equipe que estiver fora mandará uma criança coberta com um lençol. A equipe tentará descobrir quem é a criança escondida. Se acertar, marca dois pontos .


Jogo da risadinha - Faixa etária: Educação Infantil


As crianças em círculo. Dado o sinal, um jogador dará uma risada. O companheiro da sua esquerda dará duas risadas . O terceiro, três risadas . E assim, sucessivamente. Quem não seguir a seqüência sairá do jogo.


Rouba rabo - Faixa etária: Educação Infantil


Os jogadores estarão no pátio, cada um com um rabo de barbante preso atrás . Dois jogadores serão o pagadores . Ao sinal eles deverão tirar o rabo da criança . Quem conseguir pegar mais rabos será o vencedor.


Dança dos banquinhos - Faixa etária: Educação Infantil


Fazer uma roda com banquinho e em número inferior(-1) ao número de criança Participante. Colocar uma música para tocar e todascomeçam a correr ou a dançar ao redor do banquinho, com a mão para trás, bem perto dele . Em dado momento, parar a música e cada criança deverá a sentar- se no banquinho que estiver mais próximo. Uma delas ficará sem assentar, devendo sair levando um banquinho. O jogo recomeça. Ganha a criança que conseguir a posse do último banquinho.


Voa, não voa... - Faixa etária: Educação Infantil


As crianças estarão assentadas em círculo. O professor falará o nome de uma ave, e as crianças deverão mover os braços e as mãos como se estivessem voando. Quando o professor falar o nome de algo que não voa, as crianças deverão ficar com os braços e mãos imobilizados . Quem errar sai da brincadeira ou paga uma prenda. Ex: " Borboleta voa? (Todo imitarão o vôo.)Jacaré voa?(Todo deverão ficar imóveis ). O professor deverá usar sua habilidade para enganar as crianças .


Qual a criança diferente? - Faixa etária: Educação Infantil


Formar um círculo com as crianças. Uma ficará fora da roda, voltada para a parede. Desenvolvimento: as crianças que estão na roda devem ficar na mesma posição, menos uma, que fica diferente das outras. Depois, a criança que estava de fora da roda deverá descobrir quem está diferente, devendo dizer a diferença notada. Escolhe-se outra criança para sair da roda, continuando a brincadeira.


Um, dois, três e já! - Faixa etária: Educação Infantil


Risca-se no chão uma linha de partida e, a uma certa distância, uma linha de chegada. As crianças devem ficar atrás da linha de partida.

Desenvolvimento: ao sinal de partida " um, dois e três "; as crianças correm para a frente até ouvirem a ordem " pare". Nesse momento, todos param a corrida e ficam parados no lugar. Novamente é repetida a ordem "um, dois e três " para ser, algum tempo depois , paralizada, continuando até que todos cheguem à linha final.


Correndo do canguru - Faixa etária: Educação Infantil


Preparação: crianças ao lado das outras em linha reta colocadas a uns 10 m de distância da linha de chegada (riscar com giz a linha de chegada).

Desenvolvimento: o professor deve dar o sinal e as crianças saem pulando como canguru, até a linha de chegada. Repetir a corrida pulando sobre a outra perna.


O gato e o rato - Faixa etária: Educação Infantil


Os alunos serão divididos em dois grupos: gato e rato . Iniciado o jogo, os ratos deixarão cair, por onde andarem, papel picado. Os gatos deverão ir atrás dos ratos recolhendo os papéis picados. A criança que recolher mais papéis vencerá o jogo.


Cadeiras com sapatos - Faixa etária: Educação Infantil


Ao sinal, o participante de olhos vendados , devem engatinhar procurando tênis ou sapato (que foram espalhados anteriormente), e a medida que são achados vão sendo colocados nos pés das cadeiras. Será considerado vencedor quem colocar mais calçados nos pés.

Modelo de Projeto de pesquisa

Esse é um modelo de projeto de pesquisa, partindo da folha de rosto até as referências bibliográficas.
Para ver as imagens em tamanho grande basta clicar sobre elas.
















sábado, 26 de dezembro de 2009

Estudo de caso baseado na Teoria dos Sistemas

Esse estudo de caso tem como ponto de partida para a sua análise psicopedagógica a Teoria Geral de Sistemas. Pois, considerou-se a necessidade de ampliar a visão de “aluno com dificuldades de aprendizagem” para a análise das relações estabelecidas nos sistemas família e
escola nos quais esse aluno está inserido.

Fundamentando-se na Teoria Geral de Sistemas de Bertalanffy apud Nunes o sistema é um conjunto de objetos com relações entre eles e seus atributos. Isso significa dizer que a criança é um objeto (pessoa/filho) que faz parte do conjunto de objetos(família). Cada objeto, ou seja, cada membro da família tem seus atributos, suas propriedades e características singulares que sofrem e recebem influência das relações intra-sistêmicas e inter-sistêmicas.

A teoria de sistemas foi proposta em meados de 1950 pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy (ALVAREZ, 1990). Em 1956 Ross Ashby introduziu o conceito na ciência cibernética. A pesquisa von Bertalanffy foi baseada numa visão diferente do reducionismo científico até então aplicada pela ciência convencional. Dizem alguns que foi uma reação contra o reducionismo e uma tentativa para criar a unificação científica.

Conceito

1.O Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objectivo e efetuam determinada função (OLIVEIRA, 2002, p. 35).
2. Sistema pode ser definido como um conjunto de elementos interdependentes que interagem com objectivos comuns formando um todo, e onde cada um dos elementos componentes comporta-se, por sua vez, como um sistema cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode ser considerado um sistema, desde que as relações entre as partes e o comportamento do todo sejam o foco de atenção (ALVAREZ, 1990, p.17).
3. Sistema é um conjunto de partes coordenadas, formando um todo complexo ou unitário.

Baixe o estudo de caso clicando na imagem abaixo:


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PIGET E A AFETIVIDADE

Autora: Ana Michelle da R.C. Moura.
1. Biografia de Piaget:
Jean Piaget nasceu em 1896, em Neuchâtel, Suíça e faleceu em 1980, aos 84 anos de idade.
Desde menino Piaget interessou-se por questões cientificas, estudando moluscos, pássaros, conchas Marinhas, e mecânica. Aos 10 anos, publicou as observações que fez sobre um pardal parcialmente albino e, aos 11 anos, começou a trabalhar, como assistente do diretor do museu de História Natural de sua cidade.

Concluiu seus estudos em Ciências naturais, em 1915 e, em 1918, doutorou-se nessa mesma área.
Interessado também por filosofia, encontro n leitura da obra de Bergson, A evolução criadora, elementos que o ajudaram a formular a questão à qual se dedicaria por toda vida: explicara forma pelo qual o homem atinge o conhecimento lógico-abstrato que distingue das outras espécies animais.
Embora se tratasse de uma questão meramente filosófica, a Piaget interessava abordá-la cientificamente. Ao longo do seu trabalho assumiu, então, o desafio de construir uma teoria de conhecimento baseada na biologia em que as especulações filosóficas estivessem ancoradas na pesquisa empírica. O elo que Piaget encontrou entre a filosofia e a biologia foi a psicologia do desenvolvimento.
A elaboração da teoria explicativa da gênese do conhecimento no homem levou Piaget a formular propostas teóricas e metodológicas inovadoras quanto a natureza dos processos de desenvolvimento da criança e que contrariavam as teses do inatismo-maturacionismo e do comportamentalismo.
O fundamento básico de sua concepção do funcionamento intelectual e do desenvolvimento cognitivo é o de que as relações entre o organismo e o meio são relações de troca, pelas quais o organismo adapta-se ao meio e, ao mesmo tempo, o assimila, de acordo com as suas estruturas, num processo de equilibrações sucessivas. Determinar as contribuições das atividades do indivíduo e das restrições do ambiente na aquisição do conhecimento foi o foco do seu trabalho experimental.
No período de 1921 a 1925, Piaget concentrou-se na coleta de dados que permitissem esboçar os princípios e os fundamentos de sua teoria do conhecimento. Abordou temas gerais, como a relação entre pensamento e linguagem (1923), o desenvolvimento, na criança do julgamento e do raciocínio (1924), da representação do mundo(1926), da casualidade física (1927) e do julgamento moral (1927). Esses estudos foram retomados, revistos e aprofundados ao logo das décadas seguintes.
No período d 1925 a 1931 com o nascimento de seus três filhos, Piaget dedicou-se a observação meticulosa do desenvolvimento dos bebês elaborando análises sobre a construção do real e do desenvolvimento da inteligência.
Na década de 30, ajudado por seus colaboradores, concentro a pesquisa na gênese, das noções de quantidade, número tempo, espaço, velocidade, movimento, mensuração, lógica e probabilidade. Na década de 40, abordou o desenvolvimento da percepção.
A partir dos anos 50, Piaget , voltou-se pra a sistematização teórica da epistemologia genética, deixando a seus colaboradores os estudos em psicologia. Em 1955 fundou o centro Internacional de Epstemologia Genética, onde reuniu cientistas de diferentes áreas (matemáticos, biólogos, psicólogos, lógicos), interessados em pesquisar problemas epstemológicos.
Na década de 70, já trabalhando exclusivamente nas pesquisas do Centro de Epstemologia, Piaget dedicou-se a investigação dos mecanismos de transição que impulsionam e explicam a evolução do desenvolvimento cognitivo.
Sua vasta produção é um marco de enorme importância para a psicologia e para estudos do homem no século XX.” (FONTANA e CRUZ, 1997)
2. Piaget e o desenvolvimento das emoções e afetividade:

Diante a biografia de Piaget e da grande importância de suas pesquisas não somente para a psicologia, mas também para a pedagogia, embora seu foco não tenha sido esse, Piaget fez um estudo bastante profundo quanto o desenvolvimento cognitivo, levando em consideração e pesquisando também o desenvolvimento das emoções e da afetividade nos sujeitos. E fundamenta esse desenvolvimento nas mesmas bases do desenvolvimento da inteligência.

O sujeito precisa atingir a maturidade biológica para desenvolver a sua afetividade, esse desenvolvimento está diretamente ligado aos estágios percorridos pela criança na sua teoria.
A base do desenvolvimento Intelectual está na união de aspectos cognitivos cognitivos que para os afetivos por Piaget ter escrito menos sobre esse ultimo e também por o estudo científico do aspecto afetivo ser mais difícil que o estudo das estruturas cognitivas.

Para Piaget existe como já foi citado anteriormente, um processo de Assimilação, acomodação e desequilibração pra que sejam formados esquemas de pensamentos das crianças, essa desequilibração é necessária para o desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança. O desequilíbrio ocorre quando uma experiência ou pensamento são inconsistentes com o que os esquemas da criança podem dizer no momento e a experiência ou pensamento podem esperar. Estas decisões importantes são tomadas em função do afeto. Não existem padrões de comportamentos, por mais intelectuais que sejam que não compreenda padrões afetivos como “motivos”(PIAGET E INHELDER 1969,p.158).

“Metaforicamente” falando a afetividade decide quais idéias “vivem” ou quais “morrem”(BROWN E WEISS 1987, p.80)

Para Piaget os conceitos morais são construídos da mesma forma que os conceitos cognitivos.

No 1º mês de vida é o período da atividade reflexiva. O afeto = a reflexos.

Após o 4º mês de vida a criança sai da repetição de um comportamento para uma intencionalidade.

No 2º ano de vida os sentimentos começam a ter um papel na determinação dos meios usados para alcançar os fins.(sentimentos gostar e não gostar)

Pré-operacional (2 a 7 anos): primeiros sentimentos sociais decorrentes da linguagem e representação.

Para Piaget existem três características da norma moral: a generalização; dura além das situações e das condições que a geraram e por ultimo está ligada a sentimentos de autonomia.Estas normas não estão plenamente realizadas até o estágio operacional concreto.
Nessa fase a perspectiva moral o respeito é unilateral(por autoridade).

Pré operacional: As crianças acreditam na moral do olho por olho dente por dente, como o raciocínio é semilógico o raciocínio moral também e semilógico. As regras do jogo são por adesão rígida, absolutas, imutáveis.

Operacional concreto: O raciocínio e pensamentos são mais estáveis. Os afetos adquirem uma medida de estabilidade e consistência que não apresentavam antes.
Com aquisição da reversibilidade a criança torna-se capaz de coordenar seus pensamentos afetivos de um evento para o outro.
Segundo Piaget existe dois elementos fundamentais no desenvolvimento, nessa fase, à vontade e a autonomia. Outro ponto importante e que o respeito multou rege a perspectiva moral e as regras do jogo são para um jogo correto, existe também a formação do conceito de intencionalidade.

Operações formais 11 a 12 anos em diante: O desenvolvimento afetivo caracterizado por desenvolvimento dos sentimentos idealistas e a construção da formação da personalidade, vendo a personalidade diferentemente do eu. A personalidade é resultado dos esforços individuais autônomos para se adaptar ao mundo social adulto.
Nessa fase o adolescente já tem seus próprios sentimentos ou ponto de vista sobre as pessoas.
As regras passam a ser vistas como fixadas a qualquer momento por um acordo mútuo. Sobre punição com equidade (considera-se as intenções e as circunstâncias atenuantes.)
É de suma importância para o psicopedagogo ter conhecimento dessas fases de desenvolvimento cognitivo e afetivo, assim como saber que estão estritamente ligados um ao outro. Pois muitos problemas de aprendizagem estão relacionados a esses aspectos. Sendo assim, fica mais fácil reconhecer as crianças nas respectivas fases em que se encontram e suas características.

RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO

Nas últimas décadas muitas coisas influenciaram a Educação. Uma delas foi a emancipação da mulher, antes maior responsável pela criação, cuidados e educação dos filhos. Hoje, a mulher deixa a sua casa e disputa, de igual para igual com o homem, o seu espaço no mercado de trabalho. As meninas já não brincam só de bonecas e casinhas, as moças não sonham só com um príncipe encantado, elas querem igualdade de deveres e direitos.

Com toda essa reviravolta, para quem fica a responsabilidade de educar? Para a escola? Sim. A escola vem assumindo papéis antes destinados à mulher e ao seio familiar. E, talvez por esse acréscimo nas suas obrigações, não esteja acompanhando o avanço social e não esteja cumprindo com o que pais e sociedade esperam dela: a completa formação do ser humano e cidadão.

Como profissional o professor tem o dever de apresentar seu produto (aluno-cidadão) da forma que o cliente (pais e sociedade) desejam. Sempre foi assim: a escola forma pessoas nos moldes esperados pela sociedade. Por isso passamos por escolas tecnicistas, bancárias, renovadoras, tradicionais, construtivistas etc, dependendo do momento vivido pelo país ou pelo mundo.
Precisamos reconstruir uma nova escola resultante da fusão entre a escola antiga e a atual, capaz de formar mentes pensantes, com conteúdo e voltada para formação profissional e desenvolvimento do homem enquanto ser afetivo, emocional, religioso etc.

Baseado nessa realidade ocorre que há a necessidade de um novo profissional da Educação. Um profissional que esteja preparado para propiciar a seus pupilos as mais variadas situações que lhes permitam desenvolver suas competências e habilidades da forma mais perfeita possível, garantindo sua formação completa. Assim, a relação professor-aluno se torna tema fundamental de discussão nas reuniões de planejamento, nas escolas, nas universidades e em todos os lugares onde se debata melhoria da Educação.

Conforme CURY (2003) os professores precisam deixar de serem bons e se tornarem fascinantes para que suas aulas e conteúdos façam sentido e possam ser assimilados por seus alunos. Diz também que são sete os pecados capitais dos professores:
1. Corrigir publicamente
Causa um clima desagradável para todos os presentes, além do trauma que a pessoa terá que enfrentar dali em diante. O ideal continua sendo conversar e levar a pessoa a refletir sobre seu ato em particular;
2. Expressar autoridade com agressividade
A autoridade dos pais e professores deve ser conquistada com inteligência e amor. Expressar autoridade com agressividade nos faz ser respeitados por temor e não pelo reconhecimento do nosso caráter;
3. Ser excessivamente crítico, obstruindo a infância da criança
Através dos erros e falhas também aprendemos. Devemos deixar nossos filhos e alunos experimentarem, errarem, para poderem pensar a respeito e descobrirem o mundo que os rodeia. Crianças se desenvolvem através de brincadeiras, corridas, quedas e travessuras. Enclausurar um criança num conjunto de regras adultas só contribui para que ela seja um adulto infeliz;
4. Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações
Punir num momento de ira significa que você está tentando se vingar do erro do seu filho ou aluno. Busque sempre compreender a situação e leve a criança a refletir sobre o que fez. As explicações são sempre necessárias. Mesmo que você parta para punição física, esta deve ter um valor simbólico que a criança tem de compreender;
5. Ser impaciente e desistir de educar
Quando o jovem ou a criança parece não ter jeito, falta-nos paciência. As dores vividas por eles e seus pedidos de ajuda, carinho e conforto são das mais variadas formas, até com agressividade. Nessas horas, temos que acreditar e investir para que não se percam nos seus mundos de sofrimento;
6. Não cumprir com a palavra
Saber dar um não é uma forma de educar as emoções, desde que uma vez dada a palavra, esta não volte atrás. As frustrações vividas por um não recebido ensinam ao jovem que nem tudo que ele desejar, obrigatoriamente alcançará. Devemos sempre cumprir com o que prometemos ou falamos, do contrário, cairemos em descrédito e estaremos deixando nossos filhos e alunos despreparados para esse tipo de situação em suas vidas;
7. Destruir a esperança e os sonhos
Com sonhos e esperanças temos razões para viver. O jovem sem motivação torna-se opaco, sem alegria. Como educadores das emoções, jamais devemos fazer críticas severas às pessoas.

Para FURLANI (1995), as características afetivas, culturais e de personalidade do professor se problematizam, originando modelos através dos quais ele se situa em relação ao aluno:
  • Modelos autoritários
    Ausência total de diálogo. O professor é aquele que sabe, que ensina, que fala, que informa, que transmite os conhecimentos para o aluno, que é passivo, um mero recebedor de conteúdos;
  • Modelos permissivos
    Total liberdade de expressão. Os alunos são ouvidos e observados, mas não há imposição de limites, um direcionamento dado pelo professor, uma vez que faltam objetivos educacionais mínimos estipulados em planejamento para serem atingidos;
  • Modelos democráticos
    O meio-termo entre os modelos permissivos e os autoritários. Aqui há a existência do diálogo, o conhecimento é desenvolvido, elaborado e reelaborado a partir da interação entre o professor e o aluno, tendo por base suas experiências.
    Para FURLANI (1995) o modelo democrático ainda é uma utopia, ainda encontra obstáculos para ser implantado nas escolas, pois a própria sociedade brasileira é cheia de modelos permissivos e autoritários que influenciam a vivência dos alunos.

A realidade é que o mundo e a educação do tempo de nossos pais e avós não são mais possíveis de serem revividos. Porém, como diz CHALITA (2003), os valores do amor, da amizade, do idealismo, da coragem, da esperança, do trabalho, da humildade, da sabedoria, do respeito e da solidariedade precisam ser resgatados, ensinados, apropriados por todos que gostariam de, um dia, voltar aos tempos de infância.
Como relata BOFF (1999), há um descaso pela vida das crianças, pelo destino dos pobres e marginalizados, pelos desempregados e aposentados, um descuido e abandono dos sonhos de generosidade, da sociabilidade, um descaso pela dimensão espiritual do ser humano, pela coisa pública, pela vida, pela Terra ... enfim, há que haver uma nova aliança de paz entre o homem e todas as demais espécies da Terra na expectativa de salvarmos a nós mesmos e a nossa casa.
No entanto, neste mundo globalizado, onde cada um luta por si, para sobreviver, os valores vão sendo, pouco a pouco, esquecidos e a vida virando um caos. Precisamos, de acordo com CHALITA (2003), deixar que a fantasia e a energia da criança interior de cada um de nós esteja sempre presente, ajudando-nos – pais e professores – a formar, informar, transmitir saberes e afeto para que não deixemos de ser humanos, capazes de sentir, de cuidar, de amar.

Autor:José Robério de Sousa Almeida.

REFERÊNCIAS:

BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela Terra. Petrópolis, Rio de Janeiro: Ed. Vozes. 1999.
FURLANI, L. M. T. Autoridade do professor: meta, mito ou nada disso? 4 ed. São Paulo: Cortez Editora. 1995.
GOTTMAN, J.; DECLAIRE, J. Inteligência Emocional. 34 ed. Rio de Janeiro: Objetiva. 1997
CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Ed. Sextante. 2003
CHALITA, G. Pedagogia do amor: a contribuição das histórias universais para a formação de valores das novas gerações. São Paulo: Ed. Gente. 2003.

Desenvolvimento da Afetividade

Esse quadro é um resumo do desenvolvimento da afetividade segundo Piaget.
Para ler clique na imagem e ela ficará maior.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Projeto de Pesquisa

O que é o projeto de pesquisa?
  • É o momento em que você irá planejar sua pesquisa;

  • Você ainda não possui um grande conhecimento sobre o tema estudado, não o conhece em pormenores;

  • Entretanto, você conhece algumas coisas sobre o tema, geralmente já realizou alguma(s) observação(ões) e possui alguma(s) hipótese(s);

QUAIS SÃO OS PASSOS PARA SE REALIZAR UM PROJETO?

  • Primeiro você deve ter uma hipótese de pesquisa;
  • Depois você deve ler outros trabalhos de pessoas que realizaram pesquisas em áreas semelhantes;
  • Avaliar a viabilidade financeira e científica do projeto;
  • Deve avaliar a possibilidade de orientação dentro do tema.

A REDAÇÃO DO PROJETO

  • Tendo levantado isso pode-se partir para a redação do projeto que deve conter:
  • Introdução
  • Justificativa
  • Problema de pesquisa
  • Objetivos
  • Revisão da Literatura
  • Materiais e Métodos
  • Referências

INTRODUÇÃO

  • A introdução é uma breve apresentação do tema. Ela não precisa ser muito didática, uma vez que o projeto se destina não a leigos, mas a um público especializado;
  • É o primeiro contato do leitor do seu projeto com o tema que você irá desenvolver;

JUSTIFICATIVA

  • Nem sempre é utilizada em projetos tecnológicos;
  • É o momento em que você apresenta a necessidade de se desenvolver a pesquisa que se está propondo;
  • Afinal de contas, pesquisar o que não é inédito não vale a pena...

PROBLEMA DE PESQUISA

  • Também nem sempre é solicitado em projetos da área tecnológica;
  • É onde você expõe de maneira prolixa o problema que será desenvolvido na pesquisa.
  • Por exemplo se o projeto pretende analisar poluição em um córrego, é nesse momento que isso será expresso.

OBJETIVOS

  • Obrigatório em todo tipo de projeto;
  • Se expõe de maneira sintética e em tópicos o que se quer realizar com a pesquisa;
  • Geralmente dividem-se em GERAL e ESPECÍFICOS;
  • O OBJETIVO GERAL expõe o que se quer com a pesquisa como um TODO;
  • Os OBJETIVOS ESPECÍFICOS expõe mais detalhadamente os passos e questões que a pesquisa responderá;
  • Recomenda-se 3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS no projeto apenas.

REVISÃO DA LITERATURA

  • É o momento em que você discutirá os demais trabalhos que tratam de temas semelhantes àquele que se está pesquisando;
  • Talvez seja um dos momentos mais importantes de uma pesquisa, pois é aqui que você mostra o ineditismo do tema que se está desenvolvendo.

MATERIAIS E MÉTODOS

  • Neste espaço, você apresentará os materiais com quais lidará na pesquisa;
  • Detalhará o EXPERIMENTO que será utilizado;
  • Enfim, toda a metodologia a ser adotada, ou seja, como a pesquisa será, de fato, realizada.

REFERÊNCIAS

  • Nesse último item você apresentará as referências das obras e materiais consultados para a escrita do projeto.

Clique aqui e veja vários Modelos de projetos de pesquisa em Psicopedagogia.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Fracasso Escolar














Super Interessante!!!

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